Como dissemos nosso enfoque é biológico – sistêmico. Partimos do pressuposto que nós humanos temos um programa biológico funcional da espécie, o qual é transmitido de pais para filhos.
Uma vez que ocorram desvios neste programa seja por quaisquer fatores, como ambientais ou culturais, podem provocar disfunções que por sua vez, podem derivar em patologias.
Quando falamos em desvios deste programa, estes podem começar desde bem cedo em nossas vidas. É o caso dos processos de amamentação e mastigação nos primeiros anos de vida, que quando feitos inadequadamente poderão causar alterações de crescimento facial e oral, e até um quadro de respiração bucal permanente. O nosso funcionamento orgânico é interativo, veja, por exemplo um estado de tensão muito grande pode nos levar a ranger os dentes, conhecido como bruxismo, com seus conseguintes desgastes e efeitos.
Alterações na relação dos maxilares em geral (mordida cruzada, retrognatismo, prognatismo etc..) apresentam uma estreita correlação com alterações posturais, que por sua vez a literatura científica, associa a padrões emocionais típicos.
Em muitos casos, o paciente que necessita ser tratado, reequilibrando os componentes do sistema mastigatório, apresenta um estado de mutilação – já lhe faltam dentes – ou apresenta um problema de relação desses elementos dentais, perdendo assim a eficiência mastigatória, o que provoca alterações digestivas e até emocionais.
Portanto muitos desequilíbrios corporais e emocionais se refletem na boca e vice-versa, já que esta não está separada do corpo.